Histórias da precariedade
Trabalho numa Instituição do Estado há 15 anos. O meu vínculo
resume-se a um contrato Admnistrativo de Provimento que caduca em
Setembro de 2008 se até lá não apresentar doutoramento ou requerimento
para as provas para Investigador Auxiliar. Não seria missão
impossível, a meu ver, se a CCCD (conselho cientifíco departamental)
não me tivesse desde já condenado por antecipação. Com que propósito?
Pois não sei muito bem. Só sei que não sou caso único.
Se perder a batalha que se avizinha nem sequer vou ter direito a
subsídio de desemprego. Secalhar era a isto que se referia o Governo
quando falava em choque tecnológico.
Ereremita
3 Comments:
Foram anos e anos a "queimar pestanas". Quem lucra com o afastamento de uma pessoa com licenciatura e Mestrado. Deve ser promovida a integração e não o isolamento. Foi um investimento pessoal e do País. Trata-se de uma situação que não pode ser tratada com tanta ligeireza. Estou indignada!
O que mais custa é o som do silêncio que se pode perceber nos outros. Poucos são os ombros amigos. Evitam-nos o olhar como se a precariedade assumida fosse doença contagiosa. Hoje eu, amanhã outro e assim os cravos irão murchando...
Ninguém comenta? A hora é mais de agir. Espero que este silêncio seja o que antecede a revolta.
A luta faz-se na rua, não nos sofás em frente à TV... Força!
Podíamos tomar de assalto as TVs, nos programas directos...
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