“É POSSÍVEL LUTAR, RESISTIR E GANHAR”
É costume ligar-se a precariedade a todas as pessoas que não tenham um emprego fixo e contratado.
A realidade mostra-nos que em Portugal não há 20 % de precários, nem 30, nem 50 ou 80%. Há em Portugal 99,8% de precários. E não são 100% porque o país tem uma série de gestores públicos que têm sempre o seu tacho assegurado. O recente caso da Opel, mostra-nos isso. Qual a estabilidade do emprego das pessoas que tendo um contrato sem termo estão assim ao dispor de uma vontade de um qualquer patrão ou conselho de administração? A realidade mostra-nos que todos somos precários a ponto de António Peres Metelo, hoje na TSF falar no contra-senso que é os trabalhadores (referindo-se ao caso da Lear) terem de decidir se querem uma rescisão amigável ou se obrigam o Patrão a um despedimento colectivo, ou seja, não se vai discutir se podemos ou não discutir a forma de manter o posto de trabalho mas sim a forma como vamos passar à miserabilidade.
É a globalizações dizem-nos. É a economia a funcionar. O mercado a auto-regular-se.
Temos responsabilidades? Ah pois temos, especialmente na forma como estamos há 30 anos a desbaratar direitos que foram conquistados em Abril. Porque nos demitimos de lutar por centrais sindicais melhores. Porque aceitamos uma CGTP subordinada á agenda do PCP e uma UGT á do PS. Porque não ousámos lutar quando o deveríamos ter feito. Olhem para a França. Ganharam a guerra? Não!!!! Mas conquistaram uma batalha que pode dizer ao resto da Europa.
“É POSSÍVEL LUTAR, RESISTIR E GANHAR”
A precariedade não é uma inevitabilidade.
"Arthur Conan Doyle "